quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O sonho do surf em busca das Olimpíadas


A origem do surf é antiga. Há mais de dois mil anos atrás, habitantes do Sudeste asiático (polinésios) iniciaram sua expansão pelas pequenas ilhas que pontilham o Pacífico Sul, desenvolvendo uma estreita relação com o oceano.

O tempo passou, o surf cresceu e se tornou um esporte global praticado em mais de 100 países. Estima-se hoje que 25 milhões de pessoas de todas as idades, classes sociais, raças, religiões e gêneros pratiquem o esporte.

Segundo a International Surfing Association (ISA), esse é um número de praticantes bastante superior ao da maioria dos esportes olímpicos. Pai do skate, windsurf, snowboard, kitesurf, wakeboard e de todos os esportes radicais praticados com pranchas, o surf conta com enorme prestígio e popularidade entre os jovens de todo o planeta.

Pesquisas mostram que oito em cada dez jovens já pensaram em praticar o esporte, sendo que dez em cada dez consomem a moda surf efetivamente. E os números do segmento reforçam as pesquisas: esta indústria movimenta anualmente mais de 7 bilhões de euros (10 bilhões de dólares americanos).

De acordo com os critérios do COI (Comitê Olímpico Internacional), o surf é considerado uma modalidade totalmente nova, e sua inclusão como esporte olímpico infelizmente é um tanto complexa, em função dos limites estabelecidos pelo próprio comitê.

O Brasil já venceu inúmeras competições relevantes, embora ainda não tenha conquistado seu primeiro título na divisão de elite, o World Championship Tour. Mas já podemos sonhar em ver o paulista Adriano de Souza, um dos melhores surfistas brasileiros da história, e também um dos maiores surfistas do planeta na atualidade, como um campeão mundial.

Segundo Fernando Aguerre, 15 anos à frente da ISA, as piscinas com ondas – que vêm sendo produzidas mundialmente por pelo menos cinco grandes empresas e com tecnologias cada vez mais avançadas – já proporcionam ondas padronizadas de excelente qualidade. O que possibilitaria a exclusão do fator sorte nas competições, tornando a disputa mais técnica, em sintonia com os critérios do COI. Os quais avaliam o esporte, sobretudo, em função de sua capacidade em despertar maior audiência na mídia televisiva.

(Waves)

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