domingo, 7 de fevereiro de 2010

Redes Sociais. Um novo campo de campanha


A internet terá papel fundamental na mobilização de militantes e apoiadores informais dos partidos na campanha eleitoral deste ano. Não terá o mesmo potencial de convencimento que rádio e televisão possuem hoje, mas sua capacidade de aproximar os eleitores dos candidatos, possibilitando o diálogo entre eles, deverá receber atenção especial no mundo da política em 2010. As experiências de marketing em redes sociais – como Orkut, Facebook, Twitter, Youtube e blogs – será incorporada às estratégias de campanha política, já que, pela primeira vez, a legislação eleitoral tornou a internet um território livre para a proganda dos candidatos. Essa é a avaliação de especialistas em marketing da internet consultados pela Gazeta do Povo.

Diretor de criação da Talk In­­teractive – agência de marketing digital que fez a campanha on-line da reeleição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), em 2008 –, Moriael Paiva avalia que a internet não será um meio decisivo para definir o próximo presidente da República do Brasil, como ocorreu nos Estados Unidos, com “a onda Obama”.Paiva ressalta, contudo, que atualmente são 70 milhões de brasileiros usando a internet e que cada vez mais a rede ocupa tempo na vida das pessoas.

Ele ainda destaca que a internet é a forma de atrair o eleitor jovem, já que pesquisas mostram que eles não veem propaganda eleitoral na televisão. “Hoje o eleitor jovem não vê o jornal nacional, o que dirá propaganda eleitoral.”

Estratégia
Mas para o marketing político na rede funcionar, ele deve se adequar às características do meio. Como lembra Paiva, a estratégia política na internet é muito diferente da dos meios tradicionais. “Tem de ter uma forma adequada, sem hierarquia definida, até porque a rede não tem hierarquia. Muitos políticos não entendem a cobrança feita por eleitores em redes como o Twitter”, explica. “O Sarney, por exemplo, entrou no Twitter, usava a ferramenta como release. Saiu logo depois que houve a crise no Senado. Não estava pronto para responder aos questionamentos.”

“Meios como rádio e televisão, são de convencimento de massa. A internet é boa para conversas, não para venda. É uma ferramenta bacana para conversar, ouvir as pessoas e para dar apoio”, avalia a coordenadora de estratégia de internet do PSDB nacional, Cila Schulman.

(RPC)

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