quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Governador em exercício do DF teria carta de renúncia pronta


O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), pode renunciar ao governo ainda nesta quinta-feira. Sem apoio para formar uma base aliada forte ele avaliaria que não há condições de manter a governabilidade e já teria a carta de renúncia pronta. Octávio assumiu o cargo no lugar do governador licenciado José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), que foi preso acusado de atrapalhar as investigações do mensalão do DEM - suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares do DF. Os dois são acusados de participar do esquema.

Paulo Octávio não conta nem com o apoio do próprio partido. O DEM pediu que todos os filiados à legenda no Distrito Federal saíssem do governo e deve analisar na próxima terça-feira um pedido de expulsão do governador em exercício. Ele tenta ser recebido pelo presidente Lula ainda hoje e deve anunciar a renúncia depois do encontro.

Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

(Terra)

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