quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Câmara do DF abre inquérito contra três e poupa cinco deputados ligados ao mensalão do DEM
A Comissão de Ética da Câmara Legislativa do Distrito Federal aceitou a abertura de três dos oito processos de cassação de deputados envolvidos nos escândalos de corrupção da operação Caixa de Pandora. No entanto, a comissão poupou cinco deputados da investigação sobre ligação com o mensalão do DEM.
Serão investigados os deputados Leonardo Prudente (ex-DEM, sem partido), cujo relator do processo será o deputado Batista das Cooperativas (PRP), a deputada Eurides Brito (PMDB), que será relatada por Bispo Renato (PR), e o deputado Júnior Brunelli (PSC), que terá como relatora a deputada Érika Kokay (PT).
A abertura dos inquéritos pode provocar a cassação dos mandatos dos deputados. Todos se defendem das acusações e negam irregularidade. Os três deputados têm até a notificação para renunciar ao mandato sem correrem o risco de perder os direitos políticos por cinco anos.
Foi negada pela comissão a abertura de processo contra o atual presidente da Casa, deputado Cabo Patrício (PT) por ter supostamente favorecido empresas dos filhos do presidente anterior, Leonardo Prudente, em um projeto de lei. Os deputados consideraram que o projeto dele tratava de artigos de outras leis já aprovadas e não teria condição de favorecer diretamente nenhum interesse pessoal.
Foram interrompidos os processos contra Rogério Ulysses (sem partido), Benedito Domingos (PP), Roney Nemer (PMDB), Benício Tavares (PMDB) e Aylton Gomes (PR). De acordo com a comissão, faltam provas para que os processos contra eles sigam adiante.
Os relatórios devem ser entregues em até 30 dias, quando a comissão irá votar a cassação dos mandados. Caso sejam aprovados, a votação segue para o plenário da Câmara Legislativa. Os três deputados podem se livrar dos processos se renunciarem ao cargo antes de serem notificados.
Foto: Celso Júnior
(R7)
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