terça-feira, 2 de março de 2010

Aclamado, Mujica toma posse no Uruguai defendendo integração regional


No seu primeiro discurso depois de empossado, o novo presidente do Uruguai, José Mujica, reafirmou nesta segunda (01) seu compromisso com a integração regional ao dizer que os uruguaios são "Mercosul até que a morte os separe". O governante, um ex-guerrilheiro, fez um chamado à unidade e destacou que pretende ampliar gastos na área social e agir com prudência na economia. Depois do ato solene, foi aclamado por milhares de pessoas na praça central Independência de Montevidéu.

"Somos Mercosul até que a morte nos separe, e esperamos uma atitude recíproca", afirmou Mujica diante dos vários presidentes latino-americanos que foram vê-lo jurar o cargo em cerimônia solene no Parlamento de Montevidéu. O Mercosul é integrado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela está em processo de integração formal, ainda falta ser ratificada pelo Parlamento paraguaio.

O novo presidente considerou a presença dos chefes de Estado como de "significado intenso e político". De acordo com ele, a participação dos líderes "expressa o respaldo aos processos domocráticos de renovação de poder". Para ele, "é bom sentir 'tête-à-tête' esse apoio".

Mujica propõe-se a realizar um governo "austero" e confirmou a doação de 87% de seu salário de 12.500 dólares mensais para um fundo habitacional. Austeridade "significa uma luta desesperada por manter a liberdade" (...), e uma "forma de preservar a nossa liberdade individual e de sermos menos dependentes".

Na praça, diante da estátua do prócer Artigas, o ex-presidente Tabaré Vázquez entregou-lhe a faixa presidencial. Foi a primeira transmissão de cargo realizada em praça pública no Uruguai. Tabaré deixa o poder com índices de aprovação de mais de 60%. Mujica, aliado de seu antecessor, é o 40º presidente constitucional do Uruguai.

(O Vermelho)

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