quarta-feira, 30 de junho de 2010

Brasil vence Chile por 3 a 0 e enfrenta Holanda nas quartas-de-final




A Seleção Brasileira voltou a apresentar um futebol de técnica apurada e espírito coletivo na Copa do Mundo da África do Sul. Nesta segunda-feira, no Estádio Ellis Park, o time superou o Chile com uma atuação que não deixou dúvidas sobre a sua imensa superioridade sobre um adversário que, apesar da luta, não teve como evitar a derrota e a eliminação.

Os 3 a 0 no placar acabaram sendo modestos, mas foi o resultado suficiente para fazer o Brasil avançar, agora nas quartas-de-final, em que terá a Holanda como adversária na sexta-feira, às 16 horas (11 horas de Brasília), em Port Elizabeth, no Nelson Mandela Bay.

A Seleção Brasileira jogou um futebol objetivo, de muita rapidez e soube ser decisiva logo no primeiro tempo.

Contra um adversário que, mesmo tentando atacar, voltava com seus jogadores todos atrás da linha da bola quando a perdia, o Brasil se comportou de maneira inteligente e mais adequada para enfrentar as dificuldades que se apresentavam – toques de primeira, para a frente, objetivos.

Ainda assim, estava difícil superar a bem armada defesa chilena. Os jogadores tentavam os chutes de longe, sem levar perigo, e as cabeçadas em diversas cobranças de escanteio. Até que Juan, zagueiro que tem excelente impulsão e já marcou muitos gols de cabeça na carreira, apareceu para escorar com uma cabeçada certeira e violenta a cobrança precisa feita por Maicon. Era tudo o que o Brasil precisava. Um gol para tirar o Chile da sua postura defensiva e convidá-lo para atacar, na certeza de que os contra-ataques que surgiriam seriam bem aproveitados. Foi o que aconteceu. No primeiro, Luís Fabiano se atrapalhou e não deu seqüência à jogada. Mas no segundo, logo em seguida, o contra-ataque foi mortal. Bola de pé em pé, de Robinho para Kaká, e deste para Luís Fabiano - dessa vez o artilheiro não perdoou, driblando até o goleiro antes do chute final.

No segundo tempo, mesmo com a desvantagem, o Chile não partiu todo para o ataque como se supunha em um jogo decisivo, como é nas oitavas, daqueles que, quem perde, volta para casa.

O time continuou armado em um forte sistema defensivo, e à Seleção Brasileira cabia esperar pelo momento certo de sair para buscar o ataque.

E o momento veio rapidamente. Ramires, que entrou muito bem no time, partiu com a bola dominada, driblando quem aparecia pela frente, até servir Robinho, que não desperdiçou a oportunidade de marcar seu primeiro gol em Copa do Mundo – ele chutou com classe, como que para coroar com perfeição a grande jogada individual de Ramires.
O jogo estava liquidado. Mas o Brasil queria mais. Kaká e Robinho quase marcaram, depois de duas jogadas bem tramadas no ataque, e atrás a defesa segurava com eficiência as tentativas chilenas de reduzir o placar.

Robinho teve ainda um gol anulado - estava impedido -, e a Seleção Brasileira controlava o jogo com a tranqüilidade do time que sabe o que faz em campo. Dunga substituiu Luís Fabiano por Nilmar e Kaká, que levara cartão amarelo, por Kleberson. Gilberto também entrou no lugar de Robinho.

Mas o jogo estava definido. E chegou ao seu final com o resultado que expressou a justiça do que aconteceu no gramado do Ellis Parkc: o Brasil foi superior, tem um time melhor do que o do Chile, e por isso está merecidamente nas quartas-de-final da Copa do Mundo 2010.

Brasil jogou com Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan, Michel Bastos, Gilberto Silva, Ramires, Daniel Alves, Kaka (Kleberson, aos 80), Robinho (Gilberto, aos 74) e Luís Fabiano (Nilmar, aos 75).
Técnico: Dunga
Gols: Juan, aos 34; Luis Fabiano, aos 37; Robinho, aos 59.

Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Assistente nº1: Darren Cann (Inglaterra)
Assistente nº2: Michael Mullarkey (Inglaterra)

(CBF)

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