sexta-feira, 30 de abril de 2010

Há 70 anos, Coritiba participava do jogo inaugural do Pacaembu


A tarde do dia 28 de abril de 1940 foi duplamente especial para o "half-direito" do Coritiba, Antônio da Mota Espezim. Há exatos 70 anos, Tonico, como é conhecido, fazia a sua estreia com a camisa alviverde em um jogo histórico. Diante de uma forte equipe do Palestra Itália (atual Palmeiras), teve a honra de participar da inauguração do Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo. Nas arquibancadas, entre o presidente Getúlio Vargas e o interventor do estado Adhemar Pereira de Barros, 40 mil pessoas assistiram à vitória dos paulistas por 6 a 2. Talvez nenhum deles guarde a passagem com tanta emoção.

“Naquele tempo o Pacaembu era tudo”, lembrou Tonico, o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Belfort Duarte. “Chegamos cheios de admirações pelo estádio, encabulados, sem saber o que esperar, nem como desempenharíamos o nosso futebol”, explicou ele, que defendeu o Coxa até 1951.

A expectativa aumentou ainda mais depois do primeiro minuto de jogo. O ponta-direita Zequinha, que havia sido emprestado pelo rival Ferroviário apenas para aquele confronto, fez o primeiro gol no novo campo. Os donos da casa, porém, não desanimaram e antes do fim do primeiro tempo viraram o placar.

Mesmo com a derrota, o fato era que o aquele Coritiba havia entrado para a história. Embora não fosse o atual campeão estadual, o time foi convidado a participar do embate no Pacaembu - que passou a ser chamado de Paulo Machado de Carvalho em 1961, em homenagem ao chefe da delegação brasileira na Copa de 1958.

De acordo com o Grupo Helênicos, a ligação do então presidente do clube, Antônio Couto Pereira, que abrigou as tropas de Vargas na passagem por Curitiba durante a Revolução 1930, apesar de não ter sido comprovada, é a explicação mais sensata para a inesquecível partida.

(RPC)

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