segunda-feira, 10 de maio de 2010

Segurança Pública na Copa 2014: Ministérios do Esporte e da Justiça começam planejamento


O assessor especial de Futebol do Ministério do Esporte, Alcino Rocha, abriu hoje (10/5) pela manhã, juntamente com o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Ricardo Brisolla Balestreri, e o coordenador de segurança do Comitê Organizador Local da FIFA, Hilário Medeiros, o primeiro encontro técnico para planejamento da segurança durante os jogos da Copa do Mundo FIFA 2014. O encontro, que só encerra na sexta-feira, dia 14, está sendo realizado no hotel Saint Peter, em Brasília, e reúne representantes e técnicos da área dos dois Ministérios, das 12 cidades-sede dos jogos e também das Polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros, além das Guardas Municipais e órgãos federais de Inteligência e Perícia.

O assessor do ministério enfatizou que, para conseguir cumprir com obrigações tão amplas e complexas e, ainda, com data rigidamente marcada, é fundamental a coordenação de todos os atores envolvidos – que, no caso do Brasil, abrangem as esferas federal, estadual e municipal de governo mais a iniciativa privada. “Cada um tem diferentes responsabilidades e áreas de atuação e, para o sucesso da realização da Copa, é imprescindível que atuemos integrados”, afirmou, “especialmente na questão da Segurança Pública, que é um dos pontos primordiais para o sucesso de mega eventos como esse”.

Uma das grandes responsabilidades em sediar o evento é a divulgação da imagem do Brasil no exterior, comprovando que, além do melhor futebol do mundo e do povo alegre e hospitaleiro, o país também tem capacidade de organização e tecnologia para realizar uma das melhores edições da Copa de todos os tempos. “Entraremos noutro patamar no conceito das grandes nações após a realização da Copa e das Olimpíadas em 2016 e aí vem outra grande responsabilidade do país ao sediá-los: o compromisso com o legado a ser deixado à população”, apontou. “Temos a obrigação de aproveitar todas as mudanças e avanços promovidos para os eventos em benefício dos brasileiros”.

PRINCIPAIS NÚMEROS
O levantamento dos impactos econômicos da Copa 2014 encomendado pelo Ministério do Esporte – entre 2010 e 2019 o Mundial vai agregar R$ 183,2 bilhões à economia brasileira, gerar 710 mil empregos, entre permanentes e temporários, e arrecadar quase R$ 17 bilhões em tributos. Além disso, uma Copa do Mundo é assistida por 30 bilhões de espectadores, em média, durante mais de 70 mil horas e em transmissão por 500 redes de TV de mais de 240 países.

SEGURANÇA PÚBLICA
O secretário da segurança pública do MJ, Ricardo Balestreri, igualmente enfatizou a participação conjunta dos entes federados como fator preponderante na organização do evento e defendeu especialmente o aproveitamento de programas sistêmicos já em andamento na área. “Temos diversos programas que se caracterizam justamente pelo formato estratégico e preventivo que o evento busca e fomos convencidos pelo Ministério do Esporte de que a Copa representa uma dupla oportunidade para ampliá-los e aperfeiçoá-los”, avaliou. “Tanto servirá de grande vitrine para uma nova visibilidade do Brasil no exterior na questão segurança como também viabilizará um salto na qualidade de vida da população brasileira após os jogos”.

Entre esses programas já em andamento ele citou o de policiamento de fronteiras, que visa implantar um policiamento mais ostensivo nos mais de 17 mil quilômetros de fronteiras do país, a fim de evitar a entrada de drogas e de armas longas usadas pelo tráfico. De acordo com Balestreri, o Governo Federal deve destinar cerca de R$ 140 milhões para o programa nos próximos anos.

Outro programa que o secretário quer intensificar é o da aviação civil na Segurança Pública (uso de helicópteros, por exemplo, que patrulham área equivalente a de 30 viaturas e têm maior mobilidade por não enfrentar a barreira do trânsito), no qual já foram investidos R$ 170 milhões nos últimos dois anos. Ele citou ainda o programa de segurança marítima, que o MJ irá implantar para fazer o guardamento costeiro e fluvial – trabalho, segundo Balestreri, bem diferente do realizado hoje pela Polícia Federal até as 14 milhas marítimas e pela Marinha/Guarda Costeira até as 200 milhas. “Mesmo com a enorme costa atlântica do Brasil, ainda não contamos com esse tipo específico de serviço de segurança pública, mas este ano vamos criar o primeiro núcleo integrado de guardamento costeiro e fluvial do país”, anunciou.

Foto: Francisco Medeiros
(Ascom – Ministério do Esporte)

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